quinta-feira, 14 de junho de 2012

Psicogenética Piagetiana: O método de Pesquisa



Jean Piaget-  desde a tenra idade dedicava-se aos estudos científicos, na área de Biologia.

O método de Pesquisa

Trabalhou especialmente com situações-problema, buscando apontar resoluções e dificuldades em seu processo de estudo.
Desenvolveu estudos de observação com seus filhos na faixa de 0 a 2 anos. No entanto, a maior parte de suas pesquisas teve como campo de investigação crianças de 06 a 12 anos, que não seus filhos.

Ao estudar o desenvolvimento mental, Jean PIAGET baseou-se em observações cuidadosas e detalhadas de crianças em situações naturais, como o lar e a escola.
Criava hipóteses para explicar os fatos que observava e desenvolvia meios para testá-las: experimentos não-verbais, ao observar bebês, e experimentos verbais, ao observar crianças maiores.

PIAGET se empenhava em suas entrevistas,  tentando  seguir o pensamento da criança, para onde quer que ele se dirigisse.
Suas entrevistas não seguiam um padrão imutável e as perguntas variavam de criança para criança. Formulou com este método uma teoria explicativa acerca da aquisição do conhecimento e do  desenvolvimento cognitivo, denominando-a de Psicologia Genética.

   
- Método Clínico experimental- Provas de Piaget

domingo, 10 de junho de 2012

Literatura infantil


Hoje ouvimos muitas vezes os professores reclamarem do desinteresse dos alunos pela leitura. Existem vários fatores que contribuem para esse fato, por exemplo, os alunos preferem ler revistas, muitos não tem uma biblioteca em casa, outros preferem cinema, tv e rádio, isso sem contar com outras atividades tão freqüentes hoje em dia como sair para jogar futebol com os amigos ou jogar videogame.


Com todas estas atividades, os livros acabam ficando esquecidos ou são usados somente se a pessoa não tiver nenhuma outra atividade em mente.
A literatura infantil começou no século XVIII. Nessa época a criança começava, efetivamente, a ser vista como criança. Antes, ela participava da vida social adulta, inclusive usufruindo da sua literatura.

As crianças da nobreza liam os grandes clássicos e as mais pobres liam lendas e contos folclóricos (literatura de cordel), muito populares na época.
Como tudo evolui, esse tipo de literatura também evoluiu para atingir ao público infantil: os clássicos sofreram adaptações e os contos folclóricos serviram de inspiração para os contos de fadas.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS DA LITERATURA INFANTIL




Perrault: “Chapeuzinho Vermelho”, “A Bela Adormecida”, “O Barba Azul”, “O Gato de Botas”, “Pequeno Polegar”, etc.
Irmãos Grimm: “A gata borralheira” (que de tão famosa recebeu mais de 300 versões pelo mundo afora), “Branca de Neve”, “Os Músicos de Bremen”, “João e Maria”, etc.

Andersen: “O Patinho Feio”
Charles Dickens: “Oliver Twist”, “David Copperfield”
La Fontaine: “O Lobo e o Cordeiro”
Esopo: “A lebre e a tartaruga”, “O lobo e a cegonha”, “O leão apaixonado”
No Brasil a literatura infantil deu os primeiros passos com as obras de Carlos Jansen (“Contos seletos das mil e uma noites”), Figueiredo Pimentel (“Contos da Carochinha”), Coelho Neto, Olavo Bilac e Tales de Andrade.
Porém, o mais importante escritor infantil foi Monteiro Lobato. É com ele que se inicia, de fato, a literatura infantil no Brasil.

MONTEIRO LOBATO

José Bento Monteiro Lobato nasceu em 1882 em São Paulo. Sua obra consiste em contos, ensaios, romances e livros infantis. Além de escritor, Monteiro Lobato foi tradutor. É considerado, juntamente com outros escritores brasileiros, um dos maiores e mais importantes nomes da nossa literatura.

- Principais Obras
Urupês
“Cidades Mortas”
“Idéias do Jeca Tatu”
“Negrinha”
“Reinações de Narizinho” (livro que reúne várias histórias infantis)
“Sítio do Pica-pau Amarelo”
“O Minotauro”
Além de Monteiro Lobato, outros escritores como Ziraldo e Ana Maria Machado também se dedicam ao público infantil.
Ziraldo: “O Menino Maluquinho”, “A bonequinha de pano”, “Este mundo é uma bola”, “Uma professora muito maluquinha”.
Ana Maria Machado: “A Grande Aventura de Maria Fumaça”, “A Velhinha Maluquete”, “O Natal de Manuel”.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Lúdico como Motivação nas Aulas de Matemática


As atividades lúdicas (jogos, brincadeiras, brinquedos...) devem ser vivenciadas pelos educadores. É um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, bem como uma possibilidade para que afetividade, prazer, autoconhecimento, cooperação, autonomia, imaginação e criatividade cresçam, permitindo que o outro construa por meio da alegria e do prazer de querer fazer e construir.

 Quando crianças ou jovens brincam, demonstram prazer e alegria em aprender. Eles têm oportunidade de lidar com suas energias em busca da satisfação de seus desejos. E a curiosidade que os move para participar da brincadeira é, em certo sentido, a mesma que move os cientistas em suas pesquisas. Dessa forma é desejável buscar conciliar a alegria da brincadeira com a aprendizagem escolar.

Caminhos de aprendizagem

     Vale salientar que o aspecto afetivo se encontra implícito no próprio ato de jogar, uma vez que o elemento mais importante é o envolvimento do indivíduo que brinca.

     Ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós, como educadores matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, a concentração, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.
     O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. A aprendizagem através de jogos, como dominó, quebra-cabeça, palavras cruzadas, memória e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e divertido.

Analisando as possibilidades do jogo no ensino da Matemática, percebemos vários momentos em que crianças e jovens, de maneira geral, exercem atividades com jogos em seu dia-a-dia, fora das salas de aula. Muitos desses jogos culturais e espontâneos, apresentam impregnados de noções matemáticas que são simplesmente vivenciadas durante sua ação no jogo.

  O desenvolvimento do projeto Matemática e ludicidade buscou envolver os educandos nas brincadeiras, jogos e desafios apresentados e construídos. Os vários conteúdos matemáticos trabalhados de forma lúdica e prazerosa com os alunos do Ensino Fundamental (5ª a 8ª Séries) do Colégio Municipal Aurelino José de Oliveira (Candiba, BA) tiveram grande relevância. Os alunos perceberam que é possível aprender Matemática de forma lúdica, recreativa e divertida, tendo maior aprendizagem em relação aos conteúdos estudados, bem como contribuindo para o aumento da criatividade, criticidade e inventividade no ensino da Matemática.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Filosofia na Educação Infantil



A filosofia na educação infantil não tem como preocupação central, ainda, a realização de discussões filosóficas. Isso por que para que uma boa discussão filosófica ocorra pressupõem-se que os educandos possuam algumas habilidades de pensamento já desenvolvidas, assim como, uma certa postura metodológica perante os problemas apresentados. É nesse sentido que a filosofia na educação infantil tem como preocupação fundamental o aprimoramento das habilidades de pensamento, assim como a formação da comunidade de investigação.

O aprimoramento das habilidades de pensamento (habilidade de investigação, raciocínio, conceituação e análise, formulação e tradução) permite aos educandos a estruturação e articulação de um modo de pensamento rigoroso, criterioso, cuidadoso e criativo. Esse processo inicia-se de maneira muito simples através de atividades lúdicas orientadas para esse fim, que exigem planejamento e atenção do professor na condução do processo para que efetivamente o processo de se desenvolva.

Simultaneamente com esse processo inicia-se a formação da comunidade de investigação, ou seja, é desenvolvido todo um processo que visa o desenvolvimento e a vivência de certos hábitos e regras necessários para que ocorra uma aula investigativa. Todo esse processo visa desenvolver nos alunos uma postura diferenciada perante as aulas que serão dialógicas, investigativas e reflexivas. O processo de aprimoramento das habilidades de pensamento, bem como a formação da comunidade de investigação tem por finalidade, então, iniciar os educandos na prática do filosofar, por isso dizemos que na educação infantil realizamos pequenos ensaios de discussões filosóficas orientadas e planejadas.

domingo, 27 de maio de 2012

Arte na Educação Infantil



A criança tem uma mentalidade semelhante à do artista, pois ambos ingressam facilmente no universo do faz de conta, aplicando o dom de fantasiar a tudo e fingindo que algo é, na verdade, alguma coisa bem diferente. Assim, um mero traço pode se converter no telhado de uma casa.

Tanto os infantes quanto os artífices vêem as coisas a sua volta de uma forma especial, pois sua percepção mais apurada e sensível lhes permite significar o mundo por meio de configurações únicas. Eles usam suas faculdades, mais penetrantes do que as dos meros mortais, para idear, criar e simbolizar.

Este surto criativo permanece na criança até cerca de 6 ou 7 anos de idade, por conta de inúmeros fatores psíquicos, e a partir deste momento a maior parte dos indivíduos deixa de lado esta tendência potencial e segue outros caminhos. Infelizmente os movimentos pedagógicos dominantes, ao invés de estimular os futuros adultos a desenvolverem seus dons artísticos, optam por refrear os impulsoscriativos e a livre capacidade de expressão dos aprendizes.

Assim, a educação, que deveria privilegiar a liberdade de manifestação dos alunos, acaba por reprimir o lado perceptivo das crianças, antes que possa ser plenamente aprimorado. Os professores levam para as salas de aula seus pontos de vista sobre a arte, o qual espelha o discurso predominante na esfera social. Assim, eles reforçam determinadas ideias, como, por exemplo, a de que a produção artística é algo que emana do nada, da mente de um gênio criador.

Pesquisas recentes indicam que o ensino de arte na educação infantil ainda parte do antigo conceito de ‘belas-artes’, o qual confere às obras um significado geral e inalterável; da mesma forma os métodos pedagógicos, neste campo, fundamentam-se em enfoques empíricos e / ou inatos, ou seja, referentes àquilo que já nasce com o Homem.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL

Ao repensar práticas que enaltecem a criança como o “aluno” em um espaço escolar , surge uma nova perspectiva, que considera a “criança” competente e sujeito de direitos, no espaço educacional. Nessa perspectiva há necessidade de uma mobilização frente às  discussões sobre a reorganização institucional e legal da educação de crianças de zero a seis anos, pelo campo educacional que aponta para a necessidade de um novo olhar  sobre a infância e para a exigência de  uma formação geral e cultural continuada dos professores para a educação infantil, instaurando e fortalecendo os processos de mudança na perspectiva de um profissional pedagogo, especialista nas questões da educação, um cientista da educação e pesquisador da prática educativa, como resposta aos desafios que a criança solicita em seu desenvolvimento. É um desafio permanente que se impõe para pensar e realizar uma pedagogia que invista em fazeres e saberes pedagogicamente comprometidos com uma educação humanizadora de nossas crianças.

domingo, 13 de maio de 2012

ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO SEGUNDO PIAGET



A) SENSÓRIO- MOTOR (0-2 ANOS)
Nos sentidos
Na motricidade
B) PRÉ- OPERATÓRIO ( 2- 6 ANOS)
Característica – egocentrismo intelectual e reprodução do ponto de vista da criança.
C) OPERAÇÕES CONCRETAS (7- 11ANOS)
Conservação de números, peso e medida
Surge a alteridade
Reversibilidade
D) OPERAÇÕES FORMAIS (+ ANOS )
Grau superior do desenvolvimento humano.

ESTÁGIO SENSÓRIO MOTOR
0 A 2 ANOS
•      Até um mês:
Comportamentos como respirar, chorar ou sugar o leite materno são determinados hereditariamente e manifestam-se sob a forma de reflexos inatos.
•      1 a 4 meses:
O toque físico permite as primeiras adaptações e o reconhecimento do ambiente. Repetições sucessivas testam as reações, cujos resultados são assimilados e incorporados a novas situações.

4 a 8 meses:
     Novos movimentos provocam ações sobre as coisas: toques sucessivos em móbiles, pequenos barulhos e movimentos que estimulam o interesse.
8 a 12 meses:
            O bebê aplica formas já conhecidas por ele para resolver situações novas: sentado no cadeirão, pega com as mãos os alimentos e joga objetos no chão provocando reações diferentes.
12 a 18 meses:
            As experiências com objetos ampliam os meios para entendimento de novas situações. A criança começa a considerar, por exemplo, que os objetos saem da visão, como uma bola atrás de uma almofada.

ESTÁGIO PRÉ OPERACIONAL
2 A 7 ANOS

•      O pensamento  da criança não está mais limitado a seu ambiente sensorial imediato em virtude do desenvolvimento da capacidade simbólica.
•      A criança começa a usar símbolos mentais, imagens ou palavras, que representam coisas e pessoas que não estão presentes.
•      Há uma verdadeira explosão lingüística, um considerável aumento de vocabulário, bem como da habilidade de entender e usar as palavras.
•      A criança que, aos 2 anos, possuía um vocabulário de duzentas a trezentas palavras, por volta dos 5 anos entende mais de duas mil palavras e já forma sentenças gramaticalmente corretas.

PIAGET notou, nesta fase, várias características do pensamento infantil:


•      Egocentrismo: incapacidade de se colocar no ponto de vista de outra pessoa.
Na teoria de PIAGET, “egocentrismo” não é um termo pejorativo, mas um modo característico do pensamento.
 De modo geral, as crianças pequenas, de 4 a 5 anos, são incapazes de aceitar o ponto de vista de outra pessoa quando este difere do delas.

•      Centralização: a criança consegue perceber apenas um dos aspectos de um objeto ou acontecimento.
Ela não relaciona entre si os diferentes aspectos ou dimensões de uma situação.
 Isto é, PIAGET diz que a criança, antes dos 7 anos, focaliza apenas uma única dimensão do estímulo, centralizando-se nela e sendo incapaz de levar em conta mais de uma dimensão ao mesmo tempo.
Realismo nominal: Trata-se de um outro modo característico de a criança pequena pensar. Ela pensa que o nome faz parte do objeto, que é uma propriedade do objeto que ele representa.

Classificação: Elas não usam um critério definido para fazer a tarefa.
Agrupam as coisas ao acaso, pois não têm uma concepção real de princípios abstratos que orientem a classificação.

Inclusão de classe. Embora aos 5 anos a criança já consiga classificar os objetos, ela ainda tem dificuldade de entender que uma coisa possa pertencer, ao mesmo tempo, a duas classes diferentes diante de um vaso contendo dez rosas vermelhas e cinco amarelas, perguntando-se à criança se há mais rosas vermelhas ou rosas, ela geralmente responde que há mais rosas vermelhas.

Seriação: as crianças pequenas são incapazes de lidar com problemas de ordenação ou seriação.
Conservação do número: Crianças pré-operacionais, mesmo que já saibam contar verbalmente 1, 2, 3, 4..., ainda não construíram o conceito de número.

Surgem pensamentos anímicos e intuitivos, sobre natureza. Para a criança, tudo se compara como ela: nuvens "choram", pássaros voam "porque gostam" e o sol tem "rosto".

Animismo. A criança atribui vida aos objetos. Supõe que eles são vivos e capazes de sentir, que as pedras (e mesmo as montanhas) crescem, que os animais entendem nossa fala e também podem falar, e assim por diante. (Animismo deriva de anima, palavra latina que significa alma. Consiste em atribuir vida a objetos que se movem ou podem ser movidos.)

OPERAÇÕES CONCRETAS
7 A 12 ANOS

•      Começam as operações chamadas de lógico-concretas, nas quais as respostas baseiam-se na observação do mundo e no conhecimento adquirido. É a fase de escolarização, dos primeiros textos e operações matemáticas.
•      O pensamento formal é, portanto, hipotético-dedutivo, isto é, capaz de deduzir as conclusões de puras hipóteses, e não somente através de observação real.
•      O adolescente pode considerar hipóteses que talvez sejam ou não verdadeiras e examinar o que resultará se essas hipóteses forem verdadeiras. Ele pode acompanhar a “forma” de um argumento, embora ignore seu conteúdo concreto. É desta última característica que as operações formais recebem o nome.

CONCEITOS:

1)      Assimilação: o sujeito entra em contato com o objeto (com o meio), retira informações e interpreta-as... assimila-as.
2)       Acomodação: os objetos do conhecimento apresentam propriedades e particularidades que nem sempre são assimiladas (incorporadas) pelos esquemas já estruturados no sujeito. A este mecanismo de ampliação ou modificação de um esquema de assimilação, Piaget chamou de acomodação.
3)      Assim, conhecer um objeto é assimilá-lo. No entanto, quando um objeto apresenta certas resistências ao conhecimento, a organização mental se modifica e a esse processo chamamos acomodação.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

QUATRO PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL



1- HEREDITARIEDADE

}  Todo indivíduo nasce com uma estrutura herdada ( nos nascemos com uma estrutura mental- já tem potencial para ser desenvolvida.

2- ASSIMILAÇÃO E ACOMODAÇÃO

}  Assimilação – é quando eu trago o objeto para perto de mim.
}  Acomodo- a estrutura mental para entender a questão.

3-EQUILÍBRIO

}  A função adaptativa a buscar equilíbrio das estruturas mentais;
}  O desenvolvimento é um processo dinâmico.

4- ESQUEMA

}  São conjuntos mentais e comportamentais para solucionar o problema.
}  Ex: quando a criança é menor é mais comportamento e menos pensamento.